Autonomia Kurda

No dia 07/10/2017 ocorrerá uma atividade sobre Autonomia Kurda. Mais informações no panfleto abaixo.

O texto de base para a atividade está aqui: Um rio de montanha tem muitas curvas – Introdução à revolução popular em ROJAVA

Aqui o texto CONFEDERALISMO DEMOCRÁTICO

Até Breve!

 

Posted in Uncategorized | Leave a comment

Autonomia e Movimentos – Textos do Quarto Encontro

Seguem abaixo os textos de referência para o quarto e último encontro do curso AUTONOMIA E MOVIMENTOS, que terá como tema a AUTONOMIA CANDANGA.

Estas são produções realizadas por militantes do movimento autônomo local. Elas estão separadas em quatro categorias, a saber MOVIMENTOS SOCIAIS, MOVIMENTO COMUNITÁRIO TERRITORIALIZADO, MOVIMENTO ESTUDANTIL, MOVIMENTO SINDICAL.

Cada uma das categorias tem textos sobre experiências específicas das lutas do DF nos últimos anos. As categorias se separação que utilizamos são somente para ter uma referência no momento da leitura e discussão, pois cada coletivo/movimento/experiência narrado nesta página poderia ser apresentado/a de várias outras formas e categorias.

Boa leitura!

AUTONOMIA E MOVIMENTOS

*****

TEXTOS QUARTO ENCONTRO

MOVIMENTOS SOCIAIS

MOVIMENTO COMUNITÁRIO E TERRITORIALIZADO

MOVIMENTO ESTUDANTIL

MOVIMENTO SINDICAL

Comunicados da Esquerda Autônoma – Apresentação Esquerda Autônoma SIMPLIFICADAComunicados Esquerda Autônoma
Texto do Sindágua – http://www.sindaguadf.org.br/index.php/menu-publicacoes

Posted in Uncategorized | Leave a comment

INFORMAÇÕES SOBRE O 3º ENCONTRO DO AUTONOMIA E MOVIMENTOS

Olá pessoal,

O Terceiro encontro do Curso Autonomia e Movimentos será baseado em “Experiências e Programas”. Basicamente, realizaremos uma dinâmica coletiva para analisarmos e aprendermos com movimentos/grupos/coletivos do campo autônomo, observando suas experiências diretas. No último encontro dividimos alguns grupos que realizarão as apresentações de algumas experiências selecionadas.

Segue, abaixo, uma bibliografia inicial sugerida para a pesquisa sobre estas organizações. Não se trata, de maneira alguma, de uma biliografia final sobre os temas. É só uma forma de ajudar nas pesquisas.

* CURDISTÃO/PKK – Livro Confederalismo Democrático <https://estudosanarquistas.noblogs.org/archives/119> | http://curdistam.blogaliza.org/ | https://estudosanarquistas.noblogs.org/files/2016/10/Libertando-a-Vida-a-Revolu%C3%A7ao-das-Mulheres-trechos.pdf

* EZLN – Sexta Declaração <http://enlacezapatista.ezln.org.mx/2005/06/30/sexta-declaracao-da-selva-lacandona/> | http://enlacezapatista.ezln.org.mx/ |

* MUJERES CREANDO COMUNIDAD – Feminismo Comunitário <http://cga.libertar.org/wp-content/uploads/2017/07/Julieta-Paredes-Hilando-Fino-desde-el-Feminismo-Comunit%C3%A1rio.pdf> | http://mujerescreandocomunidad.blogspot.com.br/ | https://porunavidavivible.files.wordpress.com/2012/09/feminismos-comunitario-lorena-cabnal.pdf

* PANTERAS NEGRAS – https://gatopretocomunicacao.files.wordpress.com/2016/12/caderno-completo.pdf | https://vimeo.com/195308689 | http://malcolm-x-br.blogspot.com.br/2009/02/o-voto-ou-bala-1964.html

* AÇÃO GLOBAL DOS POVOS – OCUPPY WALL STREET – (AGP) https://www.nadir.org/nadir/initiativ/agp/pt/ || http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-22052017-114136/pt-br.php (ocuppy) http://occupywallst.org/ |
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI341647-17773,00-CMI+O+COLETIVO+QUE+FUNDOU+O+ATIVISMO+DIGITAL.html

* SQUATS/OCUPAS/BB’S – http://www.geocities.ws/coletivofolha/resistencia-revolucao.html | http://anarkio.net/Pdf/Urgencia-Das-Ruas-Coletivo-Baderna.pdf | https://anarquistarc.wordpress.com/2013/07/08/manifesto-black-bloc/

Utilizaremos uma metodologia comum para apresentação das experiências. Todos os grupos de pesquisa responderão, em tarjetas, durante a apresentação das suas experiências, às seguintes perguntas:

1) O que todo mundo precisa saber sobre esta organização/grupo/movimento?
2) Que contradições e conflitos sociais esta organização/grupo/movimento enfrenta?
3) Quais as principais inovações desta organização/grupo/movimento?
4) Quais as principais fragilidades desta organização/grupo/movimento?

OBS1: Se você não está em um grupo que vai apresentar uma das Experiências mas quer pesquisar sobre um ou mais grupos, fique mais que a vontade! Além do espaço de apresentação teremos momentos de debates!

OBS2: Se você está em um dos grupos que vai apresentar, tente montar uma exposição simples e direta, que dure aproximadamente 10 minutos. Isso é para termos um bom tempo de debates.

Saudações!
Curso AUTONOMIA E MOVIMENTOS

Posted in Uncategorized | Leave a comment

Autonomia e Movimentos – Textos do Segundo Encontro

Olá!

Esta é a bibliografia de fundo do Segundo Encontro do Curso Autonomia e Movimentos, que trata sobre “Autonomia dos Povos na América Latina”. O curso tem quatro encontros, cada um tendo um enfoque (Autonomia Operária; Autonomia dos Povos; Experiências e Programas; Autonomia Candanga). As bibliografias, caso observem, são todas compostas de textos de tamanho médio (entre trinta e cinquenta páginas).

Não é necessário ter lido os textos por completo – nem a totalidade deles – para participar do encontro. Todavia, caso possível, sugerimos que antes ou depois do curso que você tenha contato com esta literatura. Separamos ela porque ela tem potencial de nos ajudar com nossa luta. Será com base nas ideias destes textos que desenvolveremos as dinâmicas do encontro. Caso consiga ler todos os textos, sugerimos também que adote a postura de compartilhar este conhecimento – sem arrogância ou prepotência – com o máximo de pessoas. O conhecimento produzido pelas lutas anteriores à nossa deve ser fonte de inspiração e não de diferenciação.

Saudações! (segue abaixo uma descrição da proposta do primeiro encontro)

Encontro 2 – Autonomia dos Povos na América Latina

O encontro terá como enfoque apresentar razoavelmente o universo da Autonomia dos Povos na América Latina, apresentando o panorama deste campo de análises.
Por trata-se de um campo vinculado às lutas de diferentes movimentos e organizações da América Latina vinculados à luta de Povos Originários e da Diáspora Africana lutando contra a colonização, este dia será centrado nestas questões. Como trata-se também do continente onde estamos vivendo, faremos o paralelo entre estas concepções e nossas lutas.

Metodologia:

Serão apresentados, anteriormente ao encontro, textos de debate mais longos para serem lidos total ou parcialmente por quem tiver tempo e/ou disposição. São quatro textos médios (entre trinta e cinquenta páginas) abordando questões relativas à autonomia. O encontro terá estes textos como referência, porém trabalhando o conteúdo com dinâmicas próprias.

Textos:

Estamos trabalhando na tradução dos textos que estão em espanhol. Caso queira se juntar à força tarefa, bora que bora!

  1. Capítulos 1, 3 e 4 de -> Antônio Bispo – Colonização, Quilombos: modos e significados – BISPO, Antonio. Colonizacao_Quilombos

2. Subcomandante Insurgente Marcos – Nem o Centro Nem a Periferia (Capítulos 1 e 2)  – SubMarcos – Nem o Centro Nem a Periferia

3. (Texto Completo) Raul Zibechi – Movimientos sociales en América Latina – El “mundo otro” en movimiento

4. Julieta Paredes – Hilando Fino desde el Feminismo Comunitário(Capítulos 1 e 2)

 

=========================================

No segundo encontro foram exibidos alguns vídeos. Seguem os links deles

Antônio Bispo: 1) Confluência entre os saberes: https://www.youtube.com/watch?v=iCzDYPRfn10 / 2) Saber orgânico e sintético: https://www.youtube.com/watch?v=C1OpyYnoav0 / 3) Nominação e Cultura Tradicional: https://www.youtube.com/watch?v=kl96VL6HK-k / 4) Não existem coincidências, mas sim confluências: https://www.youtube.com/watch?v=EnHYc475y1U

Raul Zibechi – Sociedades em Movimento – https://www.youtube.com/watch?v=xHsZ3m7Z2SI

Zapatistas: https://www.youtube.com/watch?v=RvfPdIHoYYc

Feminismno Comunitário: http://youtube.com/watch?v=PKhQYLF6zrE | https://www.youtube.com/watch?v=2rw7WDKxufI&t=16s | https://www.youtube.com/watch?v=wdc7BRXTocE

Curso Autonomia e Movimentos

Posted in Uncategorized | Leave a comment

Dinâmica do Encontro 1- Textos Curtos

Olá!

Seguem abaixo alguns textos pra ajudar na dinâmica do primeiro dia. Caso tenha interesse em ler antes do encontro, fique a vontade!

Na dinâmica do primeiro dia, uma hora separaremos as pessoas em grupos menores pra que, a partir da leitura de textos sobre a autonomia, realizem reflexões aprofundadas. Os textos que vamos usar nessa parte são esses aqui. A leitura daqueles textos longos, de base, ainda é importante. De todo modo eles são longos e foram disponibilizados sabendo que a maioria conseguiriam ler a tempo.

1 – Dialogando sobre Socialismo e Sociedade Autônoma: http://coletivotrinca.wordpress.com/2009/01/26/a-autogestao-da-sociedade-prepara-se-na-autogestao-das-lutas/ http://www.oocities.org/autonomiabvr/8auto.html | http://www.oocities.org/autonomiabvr/autono.html

2 – Dialogando sobre Autonomia Operária: “A luta Autônoma”; “Instituições Autônomas”, presentes no livro  “O que é autonomia operária” (buscar na publicação anterior)

3 -Dialogando sobre “Relativo ao Reflexões sobre o Sociaismo”: http://mauriciotragtenberg.blogspot.com.br/2016/09/o-papel-do-partido-politico.html / http://mauriciotragtenberg.blogspot.com.br/2016/09/o-papel-do-sindicato.html // http://www.oocities.org/autonomiabvr/partido.html

4 – Dialogando sobre “Caliban e a Bruxa”:  https://desarquivo.org/sites/default/files/federici_s_historias_de_bruxas.pdf

 

Boa Leitura!

Posted in Uncategorized | Leave a comment

Autonomia e Movimento – Textos do Primeiro Encontro

Olá!

Esta é a bibliografia de fundo do primeiro encontro do Curso Autonomia e Movimentos. O curso terá quatro encontros, cada um tendo um enfoque (Autonomia Operária; Autonomia dos Povos; Experiências e Programas; Autonomia Candanga).  As bibliografias, caso observem, são todas compostas de textos de tamanho médio (entre trinta e cinquenta páginas).

Não é necessário ter lido os textos por completo – nem a totalidade deles – para participar do encontro. Todavia, caso possível, sugerimos que antes ou depois do curso que você tenha contato com esta literatura. Separamos ela porque ela tem potencial de nos ajudar com nossa luta. Será com base nas ideias destes textos que desenvolveremos as dinâmicas do encontro. Caso consiga ler todos os textos, sugerimos também que adote a postura de compartilhar este conhecimento – sem arrogância ou prepotência – com o máximo de pessoas. O conhecimento produzido pelas lutas anteriores à nossa deve ser fonte de inspiração e não de diferenciação.

Saudações! (segue abaixo uma descrição da proposta do primeiro encontro)

  • Encontro 1 – Autonomia Operária

O encontro terá como enfoque apresentar razoavelmente o universo da Autonomia Operária, apresentando o panorama deste campo de análises. Como se trata de um campo oriundo do chamado marxismo heterodoxo e com foco central nas relações capital – trabalho, este dia será centrado nas discussões vinculadas a esstas questões.

  • Metodologia:

Serão apresentados, anteriormente ao encontro, textos de debate mais longos para serem lidos total ou parcialmente por quem tiver tempo e/ou disposição. São quatro textos médios (entre trinta e cinquenta páginas) abordando questões relativas à autonomia.

  • Textos:

1 – Do livro Socialismo e Barbárie: “Introdução” (Eder Sader); “Socialismo e Sociedade Autônoma (Castoriadis);

Arquivo:  socialismo_ou_barbarie- O conteúdo do Socialismo_Cornelius Castoriadis

2 – “O que é Autonomia Operária” (Lúcia Bruno) –

Arquivo: o que é autonomia operária_ Lúcia Bruno

3 – “Reflexões sobre o Socialismo” (Maurício Tragtenberg)

Arquivo: reflexoes_sobre_o_socialismo

4 – Do livro “Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva”: “Introdução” e “Capitulo 1: O mundo precisa de uma sacudida”- Silvia Federici
Arquivo: silvia federici – calibã e a bruxa – intro – cap 1

Disponível em: http://coletivosycorax.org/indice/


A Metodologia de debates durante o primeiro dia do encontro será feita com base em textos/vídeos/mídias menores que abordem as mesmas questões e dinâmicas que socializem os distintos pontos abordados entre os/as participantes. Buscaremos, por meio de dinâmicas da pedagogia popular, construir um ambiente onde diferenças etárias e de escolaridade sejam convertidas em polos de cooperação e não de hierarquia.

Boa Leitura!

Curso Autonomia e Movimentos

Posted in Uncategorized | Leave a comment

Sistematização das discussões do EGA-DF 2012

Abaixo segue a proposta de sistematização do Encontro de Grupos Autônomos do DF de 2012 (EGA). Ponto inicial para a reunião pós-EGA marcada para o dia 30/06/2012 (Sábado). Ed. Baracat, sala 111 CONIC, às 15 horas.

Esperamos que a partir deste texto possamos trazer novos elementos e dar prosseguimento às inúmeras possibilidades políticas que possamos ter conjuntamente.

(Para baixar)

Sistematizacao Autonomia EGA – (Doc)

Sistematização Autonomia EGA – (PDF)

Encontro de Grupos Autonomos – DF: 01, 02 e 03 de Junho 2012

Sistematização da discussão de 02 de junho: O que é Autonomia?

Princípios

O Movimento Autônomo surgiu no DF tendo por base uma série de princípios. Em muitas ocasiões eles não foram formalizados, o que gerou diferentes problemas: muitas tornavam-se personalizados, e quem tivesse maior capacidade ou paciência de compreendê-los/decorá-los constituía sobre si algum poder; outras vezes,  eles se tornavam muito fluidos, quase gelatinosos: e, por melhor que seja deixar criativa e aberta a definição dos caminhos da autonomia, tantas coisas cabiam dentro dela que ficava muito difícil se vincular, ou mesmo saber as divergências existentes dentro do movimento. Por conta desses dois problemas, tornava-se muito difícil pras pessoas que queriam vincular seu grupo ao movimento saber por onde fazê-lo.

Assim o movimento autônomo – que nos últimos dez anos cresceu e tornou-se referência no DF – acabou principalmente divulgando um tipo de organização e alguns princípios, sem desenvolver-se tanto de forma orgânica, fortalecendo os vínculos que sempre estimulou. Por isso discutimos e juntamos um conjunto inicial de princípios que sirvam como referência e possibilidade de crítica para podermos avançar. São nosso chão e não nosso céu. E podem ser o chão de muitas pessoas mais, quantas quiserem a este movimento se somar.

 

Nossos princípios são:

 1. Horizontalidade: Os poderes devem estar ao alcance de toda coletividade do movimento, e influenciar a coletividade da sociedade. A horizontalidade não pode ser considerada como espontânea ou natural, mas sim construída por mecanismos reais como o compartilhamento de conhecimento e revezamento de tarefas.

2. Anticapitalismo: O Movimento Autônomo tem um horizonte de destruição deste sistema social. Seja entendendo-o desde sua matriz econômica de expropriação do trabalho, seja no entendimento do capitalismo como um sistema que aglutina o conjunto das lutas dos movimentos ambientais, feministas, étnicos, operários. Uma autonomia que não aponte para este caminho é liberal, o contrário do que estamos construindo.

3. Independência do mercado e do Estado: estamos dentro desta sociedade, porém, contra ela. Não há como não temos relações com os elementos gerais desta sociedade em nosso desenvolvimento. Todavia devemos reservar a capacidade de nossas lutas de terem suas escolhas e formulações construídas de forma independente das movimentações de mercado e das dinâmicas do estado. Independência financeira é determinante para a independência política. Igualmente, autonomia na hora de decidir é fundamental para criarmos nossa política plenamente assumindo os riscos e benefícios dela.

4. Forma é Conteúdo: as lutas e movimentações devem ter o horizonte emancipatório em seus objetivos a alcançar e em suas formas de conquistar esses objetivos. Trata-se de um principio que levamos não apenas pra nossa militância mas também para as nossas vidas.

4. Solidariedade para a transformação social: sabendo quem são nossos aliados/as, adversári@s e inimigos, devemos estabelecer relações solidárias entre nós como forma de nos ajudarmos em nosso florescimeno. Com solidariedade entre nós, podemos ser construtivos e agir em coletividade.

5. Apartidarismo: Discordamos do modelo de organização partidária em suas diferentes formas (a social-democrata, a bolchevique, a tradicional). Seja como forma de disputar o poder legal, como estratégia para tomá-lo ou como forma de existir politicamente. Vemos nestas estratégias de luta elementos de burocratização inerentes. (pensar a discussão sobre apartidarismo x anti-partidarismo)

6. Autocrítica: a capacidade de se analisar e se criticar deve ser aberta a toda coletividade, sendo uma prática constante como uma forma efetiva da organização não se burocratizar. Mas com cuidado constante para não se autodestruir.

7. Nossa luta não é dogmática, ortodoxa. A capacidade de relermos nossas formas de atuação com base nas autocríticas é um elemento de amadurecimento do movimento e não de desvio dos princípios e missões aos quais nos destinamos.

8. Trabalho de Base: agimos com a parte de baixo da sociedade, junto às bases deste sistema social. Queremos construir outro poder em que o poder seja coletivizado à base da sociedade que hoje quase não tem acesso a ele. Por isso nossa forma de trabalho deve estar vinculada às bases sociais e aos grupos oprimidos, buscando emancipação coletiva.

 

Reflexões:

 Sobre a horizontalidade

             Construir relações de poder não opressoras e de fato democráticas dentro dos nossos coletivos é um aspecto fundamental dos grupos autônomos, já  que não queremos reproduzir nos nossos espaços as estruturas que queremos destruir fora deles.

Entendemos, no entanto, que a horizontalidade não acontece nem espontaneamente nem de forma linear. Para construí-la, precisamos criar mecanismos internos de controle do poder, já que a ausência deste não existe, e só uma atuação consciente dos grupos para controlá-lo e distribuí-lo manterá a horizontalidade.

A criação desses mecanismos foi apontada como um desafio dos grupos autônomos: eles variarão de grupo para grupo, e não existe uma receita pronta ou uma fórmula única para se criar alternância e fluidez de poder.  Entre as dificuldades encontradas estão: o fato de algumas tarefas terem mais prestigio do que outras, e muitas vezes elas serem executadas pelas mesmas pessoas e a questão da hierarquia da experiência, uma das mais difíceis de romper, já que militantes mais antigos/as tem um acúmulo  maior dentro do movimento e o processo de compartilhamento desses conhecimentos oscila entre a falta de paciência com questões trazidas pelos/as mais novos/as e uma perda da profundidade de discussões já feitas.

Apesar da horizontalidade não depender apenas de formalidades para ser construída, algumas práticas básicas foram sugeridas:  a marcação do tempo de fala e o revezamento na execução das atividades enquanto recurso pedagógico, e também a delegação de funções, vista como fundamental para a eficácia dos movimentos e diferenciada da hierarquia já que o controle do grupo sob o/a responsável se mantém. Exemplos como o sistema de governo Zapatista também foram citados, como inspiração para este processo de delegação de poderes.

  

Sobre a autonomia x auto-suficiência

             A autonomia que construímos é pautada pela solidariedade e não por uma suposta auto-suficiência. Ao contrário da autonomia liberal, que prega o sucesso do homem que venceu sozinho, o nosso projeto político inclui depender do máximo de pessoas e coletivos possíveis, tornando nossa rede cada vez mais forte e menos vulnerável.

Essa “dependência”, na verdade uma rede de solidariedade entre os diversos grupos autônomos, é muito diferente das relações com o Estado. O Estado é essa estrutura que sintetiza as opressões que estamos combatendo e, como tal, possui uma serie de praticas que, desde as menores instancias, reforçam e constroem um projeto político oposto ao nosso. Assim, qualquer tipo de interação com o Estado deve considerar que tentar subverter suas estruturas é também entrar em uma lógica que queremos destruir e deve pautada pela total independência, sempre considerando o principio já citado de que independência financeira é independência política.

Isso não implica em dizer que todos os grupos devem recusar financiamentos de editais, por exemplo. Esta é o tipo de decisão que caberá a cada grupo tomar. Mas essa interação deve ser feita com todo o cuidado e consciência dos riscos envolvidos, de forma que não sejamos engolidas pelas engrenagens estatais, mantendo, portanto, nossa autonomia. 

 

Sobre a importância da memória

            Talvez uma das grandes dificuldades dos movimentos autônomos do DF é resgatar e preservar a memória de tudo o que construímos até agora. A nossa memória, é parte fundamental do que somos e nos diz muito sobre como e porque chegamos aonde chegamos.  deixá-la de lado é entregar, mais uma vez, nas mãos de nossos inimigos a possibilidade de construir a historia como eles bem entendem, uma historia dos de acima, uma historia que renega o papel dos movimentos sociais na conquista de direitos e que invisibiliza os diversos processos anti-sistêmicos correntes mundo a fora.

Essa nossa falta de memória nos traz, também, uma serie de implicações internas: muitas vezes dificuldades encontradas por um coletivo são dificuldades que outros movimentos já enfrentaram e o compartilhamento dessas experiências pode impedir com que estejamos constantemente reinventando a roda. Essa sensação é muito nociva, tanto para os/as militantes mais antigos/as, que sentem que muitas vezes não se consegue sair do lugar, como para os próprios movimentos que constantemente perdem toda a profundidade de discussões já feita de forma muitas vezes bastante elaborada. Preservar nossa memória, portanto, implica também em construir relações horizontais, de forma que o conhecimento já produzido pelo movimento autônomo esteja disponível e possa ser apropriado por todos e todas.

 

Sobre as praticas de nossos grupos           

Conversando sobre as praticas internas de nossos grupos, pontuamos algumas questões consideradas fundamentais. Em primeiro lugar, o uso do consenso como método preferencial de decisão, ainda que não deva existir a obrigatoriedade de que seja o único. O consenso requer confiança que estamos todos/as trabalhando em prol de um mesmo projeto político. Por outro lado, muitas vezes deixa-se de evidenciar algumas divergências no grupo ou de aprofundar algumas discussões em nome de um “purismo” do consenso. Por isso utilizar o voto pode ser interessante em determinados momentos e não deve virar um tabu.

Ainda no âmbito da confiança, comentamos que existe uma pratica generalizada de indisciplina dentro dos movimentos autônomos que é extremamente nociva e desestimulante. O comprometer-se com tarefas e não cumpri-las cotidianamente abala a confiança dos e das integrantes que estão de fato se empenhando em concretizara s decisões do movimento, alem de torná-lo profundamente ineficaz. Alem disso, uma cultura de fazer as coisas dos movimentos com desleixo também esta muito difundida e precisa ser modificada de forma que possamos alcançar com o pouco que temos o melhor resultado possível. Na falta de um termo melhor, chamamos essa nova pratica que pretendemos construir de “cultura de excelência”.

Outro ponto citado como uma pratica dos movimentos autônomos foi a grande presença do elemento lúdico em nossas ações. Ao contrario de outros grupos, no movimento autônomo o lúdico não se separa do político: eles são a mesma coisa. Assim, discordamos de grupos que utilizam de uma certa estética atraente, mas vazia de conteúdo políticos, como os que dizem por ai que “não são de esquerda nem de direita” na tentativa de serem palatáveis para mais gente.  A nossa estética é política e nossa política é estética.

Refletimos também acerca da longevidade dos grupos autônomos: nesses anos, uma serie de coletivos surgiram e se acabaram, muitos deles com vidas muito breves. Essa breve duração é muitas vezes nociva, já que uma serie de projetos ficam inacabados e acabamos não conseguindo avançar em lutas mais a longo prazo como a que estamos querendo construir. Por outro lado, é importante que os grupos estejam se renovando constantemente e que não se mantenham com base em um suposto passado glorioso de lutas, mas sem atuação atual.

Por fim, falamos sobre como construímos nossas relações com outros grupos que não se distanciam mais ou menos do nosso projeto político. A interação com partidos políticos, por exemplo, foi debatida com bastante ênfase: eventualmente, em lutas especificas, podem ser aliados estratégicos? Ou estamos de fato construindo um projeto político oposto, já que nos queremos destruir o Estado e eles querem tomá-lo? Acima de tudo, como nos relacionarmos com eles sem sermos modificados por uma estrutura e um tipo de pratica que é oposto às nossas? Essa discussão se assemelha um pouco com a já feita sobre a autonomia em relação ao Estado e se aplica também a outras organizações e instituições, como ongs por exemplo.

 

Sobre Organização

             A discussão sobre organização surgiu de algumas encruzilhadas que encontramos em nossa caminhada. Discutimos inúmeras vezes se deveríamos seguir em nossas lutas somente a partir das pautas com que trabalhamos ou se deveríamos fortalecer os grupos organizados que se vinculam a diferentes pautas desde uma luta específica. Ao mesmo tempo que nos juntarmos só a partir de pautas nos torna manipuláveis pelos setores articulados que tem estratégias mais definidas, muitos grupos perdem sua capacidade de aglutinar pessoas e sobrevivem como zumbis de afinidades ou formas burocratizadas.

            Assim, temos acordo sobre a necessidade das organizações autonomistas para desenvolver as lutas. Porém o elemento de vida desta organização não pode ser só suas trajetórias, conquistas e pessoas: deve-se adicionar, fundamentalmente, as idéias que são características do movimento, em forma de planos de ação e estratégias.  Assim, a organização deve ser um tanto formal, possibilitando que quem tenha acordo com as idéias da luta se aproxime dela, ainda que não tenha – ou não queira ter – grandes relações pessoais e intimas com os demais companheiros/as.

            Entramos então em uma situação complicada, pois uma das características marcantes das organizações e discursos do movimento autônomo é a negação das formas de organização clássicas vinculadas aos movimentos sociais tradicionais. Ao mesmo tempo o movimento é herdeiro direto das discussões sobre organização que marcaram as lutas existentes na história. É um paradoxo curioso: ao mesmo tempo que negamos estas organizações tradicionais, muito do que sabemos sobre organização partiu delas.

A dimensão lúdica tão importante para nós, por exemplo, existe na história de formas semelhantes e muito diferentes das nossas. Nossa retórica é bastante lúdica, mas seria isso uma novidade? Outro ponto, bastante polêmico é sobre a organização partidária. O que devemos negar e o que devemos adaptar da forma de luta partidária? A dimensão da ação de vanguarda do movimento é uma negação a priori? Qualquer especialização e distinção de habilidades é equivocada? Esta discussão não acabou…

 

Sobre o Anticapitalismo

             Para que serve o movimento autônomo? Ele luta por reformas sociais ou por uma revolução geral? Até onde vão as lutas? Como lutar contra o estado e capital sem legitimá-los? A questão debatida é corrente e influi diretamente em nossa forma de ação.

O Movimento Autônomo do DF surgiu como uma forma de lutar pela destruição do sistema social em que vivemos; igualmente este movimento inaugura práticas que apontam para o tipo de sociedades que almejamos construir. Esta dúvida entre a dedicação à destruição do sistema social vigente e a construção de outro tipo de sociedade esteve bastante presente em nossas discussões. Ter o fim desta sociedade como horizonte é um passo importante para sabermos que caminho trilhar sem nos perdermos. Definirmos também o que queremos ao futuro é fundamental para sabermos aonde queremos chegar.

Nomeamos este sistema como Capitalismo e, portanto, somos Anticapitalistas. Temos três entendimentos presentes deste anticapitalismo que convivem em nosso meio: um primeiro do anticapitalismo vinculado às correntes operárias, crítico da sociedade baseada na propriedade privada, livre concorrência de mercado e no trabalho assalariado. Além disso temos influencia das críticas ao capitalismo de estado dos estados soviéticos, onde sob bandeira supostamente socialista, gestores dominaram – em seu proveito – a propriedade pública por meio do estado. Por fim também nos influencia bastante a constituição do anticapitalismo desde a convergência de diversas lutas como as ambientais, étnicas, feministas, operárias.

Fundamentalmente, este anticapitalismo está ancorado nas vidas que desenvolvemos e vemos no mundo ao nosso redor. Estas resistências manifestam-se de diferentes formas e devemos nos organizar a partir delas, rumo a uma perspectiva geral. Não nos vinculamos nem buscamos insistir numa chata, desagradável e vaidosa oposição entre movimentos classistas e identitários. Trabalhamos com as diversas vertentes dentro do campo revolucionário que tem essas dimensões que elencamos, buscando uma articulação. Esta perspectiva deve balancear nossas práticas e ações do grupo quando vamos decidir por onde agir e qual nossa estratégia.

 



Posted in Uncategorized | 1 Comment

Locais e Programação do Encontro de Grupos Autônomos DF


O EGA ocorrerá nos dias 2 e 3 de Junho com o objetivoarticular os diversos movimentos da região do DF que, além do conteúdo anti-sistêmico, têm se caracterizado pelo distanciamento das organizações partidárias e do lobby nas instituições do Estado, buscando atuar com a população para população. O Encontro se passará entre dois lugares de Taguatinga, localizados no mapa: PONTO A – Espaço Motirõ no Mercado Sul, QSB 12/13; PONTO B – Escola EIT, Q. C 9, ao lado da Praça do relógio.


Exibir mapa ampliado

SEXTA – Dia 01/06/12 – às 19 horas
Local: Espaço Motirõ
Abertura do Encontro com cine debate do filme “A cidade é uma só”.

SÁBADO – 02/06/12 (Motirõ -> EIT -> Motirõ)

Local: Espaço Motirõ
09:00 – Recepção dos participantes, divisão em grupos de trabalho, explicação da dinâmica do encontro.
11:00 – Auto-apresentação dos grupos. (podem preparar algo diferente se quiserem)

12:00 – Almoço

Local: Centro de Ensino Médio EIT
14:00 – Atividade: Discussão e construção de princíos/linhas de convergência autonomista. (O que somos? Como atuamos?)

Local: Espaço Motirõ
18:30 – Confraternização

DOMINGO – 02/06/12 (EIT)

Local: Centro de Ensino Médio EIT
10:00 – Atividade: Oficinas/Debates entre os coletivos (divulgação de idéias entre coletivos diferentes)

12:00 – Almoço

14:00 – Análise de Conjuntura e Linhas Políticas (Onde estamos? Pra onde vamos? Pra onde queremos ir?)

18:30 – Possível samba…

Posted in Uncategorized | Leave a comment

Cartaz

Nos próximos dias 2 e 3 de Junho será realizado mais um Encontro de Grupos Autônomos (EGA). Desde de 2004, foram diversos os momentos políticos que exigiram a articulação ampla dos grupos e pessoas críticas as formas burocráticas e ortodoxas de atuação na esquerda, sendo que em alguns destes momentos buscou-se uma organização mais sólida para essa articulação e em outros não.

Os últimos acontecimentos políticos como a luta do santuário dos pajés, a conquista de lutas sociais na estrutural, a luta por respeito e estrutura aos ciclista, direito das mulheres e outras diversas, tem sido marcada, ao menos em parte, pelo desejo de não vinculação a formas de luta partidária ou por lobby interno ao Estado. Ao mesmo tempo, muitos nos sentimos desamparados pois, passados esses momentos de união, voltamos a nos fragmentar em lutas cotidianas com elementos específicos (trabalho de formiguinha), e não conseguimos nos identificar num todo maior onde estão inclusos os nossos e outros projetos, formando um projeto de sociedade, que tenha em vista uma filosofia em comum.

Mas de que se trata essa filosofia? O que significa atuar direto com a sociedade e negar os espaços hierarquicos? Isso significa negar a organização ampla? Como, a partir disso, podemos formar e organizar uma nova sociedade? Essas são perguntas estruturais para uma nova forma-conteúdo política, isto é, não basta mudar o conteúdo político de uma mesma forma opressora, ou mudar a forma “democrática”para disfarçar o conteúdo político opressor.

Nesta busca de reflexão para a prática, convidamos para o EGA os grupos e pessoas que se identifiquem com a idéia e que tenham por prática a luta contra todas as formas de opressão para que possamos nos conhecer e nos identificar com companheiras/os próximos que nunca conhecemos.

Para os que se interessarem, neste blog há textos com links para resoluções de EGAs anteriores além de textos teóricos que contribuem para pensarmos o autonomismo.

____

Teremos espaços para oficinas organizadas pelos grupos. Quem quiser realizar uma oficina, deixar comentário ou entrar em contato pelo grupo no facebook.

Mais informações sobre local e programação em breve…

 

Posted in Uncategorized | Leave a comment

Já faz um tempo desde aquela vez em que nos reunimos pra conversar na Praia Verde sobre esse tal de “movimento autônomo”. Desde que aí resolvemos nos chamar de Convergência de Grupos Autônomos (CGA) foram  atos, manifestações, exibições de filmes, caravanas, jornais. Foram incontáveis as reuniões, em mais contáveis salas, pátios, casas, espaços comunitários do DF.  Foram transmissores, projetores, sprays. Fomos uma convergência de pessoas sem grupos e fomos uma  reunião de delegadxs rotativxs. Fomos meio desaparecidxs. Fomos aparecidxs até demais.   Fomos muitxs, poucxs e mais ou menos. Fomos vários erros. Fomos um outro tanto de acertos. (fomos, mais que tudo, uma mistura dos dois).  Fomos um bocado de gente que passou, deu sua contribuição, e partiu (pelos mais

diversos motivos). Somos outro bocado de gente que resolveu ficar (pelos mais diversos motivos).

Nesses quase 7 anos (!), uma necessidade nos acompanhou. Essa necessidade que já teve  diferentes formas,tamanhos e localizações, era a nossa vontade de ter um espaço autônomo, aonde pudéssemos desenvolver as atividades, planejar as conspirações, compartilhar os saberes. Um espaço que pudesse ser referência de tudo o que acreditamos: autonomia, horizontalidade, independência, democracia direta, igualdade…

Essa necessidade, que já foi okupa (e aí vai um salve para a Casa das Pombas), e que, de tanto tempo que tá com a gente, já a chamamos de companheira, tá prestes a se despedir de nós. Pode parecer um pouco frio de nossa parte, mas a verdade é que não estamos nada tristes com isso. É que é graças ao esforço de muita gente que nos vemos, agora, na portinha de alugar a nossa sala.

Temos que confessar que as nossas esperanças para este espaço são muitas. Acreditamos que nele podemos nos organizar mais, conspirar mais, nos encontrar mais. Poderemos organizar nossos materiais e arquivos, colocando-os à disposição. Achamos que espaços como este são estruturas importantes para a movimentação autônoma no DF, e queremos nos juntar a outros locais que também cumprem essa função, como o Mutirõ em

Taguatinga. Acreditamos que lá outras ideias irão surgir, e queremos que essas ideias se transformem em ações. Que seja um lugar onde nos  deparemos com novos sonhos e com outras pessoas para compartilhá-los.

Enfim, queremos que este seja um espaço  de convergência.  Para que esse espaço funcione assim, como pensamos, você que tá aí lendo essa carta, tem  que tomar o espaço para si. Se você acredita na autonomia, na horizontalidade, no apartidarismo como princípios de organização política, essa sala também é para você. É que a ideia é que outros grupos e pessoas com essa proximidade  proponham atividades, usem a sala para fazer as reuniões, organizem eventos lá, ajudem a manter o espaço.

É  por tudo isso aí que agora, nesse dia 05 de Junho, daremos as boas vindas à nossa sala e a todo mundo que está dispostx a construí-la. A ideia desse evento é justamente fazer com que você se aproprie do espaço: ajudando a decorar a sala, fazendo stencils (vai ter uma oficina!) e levando cartazes, além de aproveitarmos o momento para uma comemoraçãozinha (comidinhas, festinha com djs autônomos no conic, troca de materiais).

 

Dia 05 de Junho, a partir das 16h. Ed. Aracat, sala 111, Conic

 

Construindo as nossas estruturas, demolindo as estruturas deles,

 

Convergência de Grupos Autônomos

Posted in Uncategorized | Leave a comment